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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Rakolhnikov

Tô lendo Crime e Castigo há um tempo. Leio na velocidade de passos de uma tartaruga. O livro é muito bom, mas é cansativa a leitura... Dostoievski é o Machado de Assis russo. Se bem que prefiro Machadão... e eles não parecem taaanto assim, mas são muito descritivos! Muito mesmo. Mas vim aqui pra falar do protagonista do livro.

É impressionante como Raskolhnikov consegue ser paradoxal. Às vezes tão frio e egoísta, outras tão comovido e cheio de compaixão. Ele pensa de uma forma e de repente acontece algo e sempre tira conclusões contrárias... Não tarda e na mesma hora ele passa a pensar diferente da conclusão que acabou de ter... Resumindo, ele não tem conclusões. Rsrs. Todo mundo tem um pouco de Raskolhnikov dentro de si... A vida muitas vezes faz-nos pensar de uma forma e quando paramos pra refletir, adotamos opinião totalmente contrária àquela que tínhamos antes, ou não “totalmente contrária”, mas diferente, nós mudamos, nós refletimos, nós evoluímos (evoluir nem sempre, né).
“A ufania e uma altiva dignidade apoderavam-se dele a cada instante, de tal maneira que, de um momento para o outro, não era já a mesma pessoa que no minuto anterior. Mas que lhe acontecia de especial para ter mudado assim? Nem ele mesmo sabia [...]”

Já estou com medo do próximo “tique Raskonhlnikov” que ele terá e vai deixar de ser essa “nova pessoa”... É assim o livro inteiro, poxa. Mas é muito bacana refletir sobre o pensamento e a vida do Rodka... E acho que esse livro deve ser muito importante na Filosofia... cheguei à “conclusão” que mais inteligente que as racionais teorias filosóficas, só mesmo a literatura. Tudo bem, tudo bem, talvez não seja mais inteligente, mas que é muito mais bonita e ao mesmo tempo causa um impacto em nosso lado reflectivo, é fato... E ainda consegue ser absurdamente inteligente. Tá bom, já cheguei à terceira conclusão: literatura e filosofia estão totalmente interligadas. Aaaah, vá! É mesmo? Rsrsrs, só eu não sabia disso né? Tá, sabia... mas quis dar uma de Rodka e ficar tirando várias conclusões diferentes.... posso? Só não pensem que vou matar uma velhinha à  machadadas! Rsrsrs... nisso meu lado Raskolhnikov vai ficar devendo.

Rsrs... cheguei à conclusão (eu sei que tá ficando repetitivo isso e chato, desculpas, já vou
acabar) que se não tivesse inglês na faculdade de letras, eu me daria muito bem com ela... Afinal, quanto
 mais conheço literatura, mais eu a amo (embora conheça muito pouco... mas isso não significa que eu a ame pouco!)

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