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sábado, 13 de agosto de 2011

Mais uma do cara.

"Todavia escrever é isso: duplicar o sofrimento. Matar o que já morreu. Remoer a falta. Fazer suflê da merda ressequida. Inventariar o irremediável, como diria Caio F."

(Marcelo Mirisola)


Os críticos podem falar o que quiserem.
Que se foda.
Pra mim isso é um lirismo bom pra caralho e acabou.

(e o excesso de palavrões é influência dele)

Narah

(O livro do Mirisola me fez um certo mal também.)


Creio eu que a maioria das pessoas tenham tido vontade de ser outra pessoa, alguém diferente ou ter mais qualidades do que tem. Eu não sou exceção nessa maioria. 
No final do livro, Mirisola começou a descrever Narah... mais um dos seus amores... E caralho, que mina foda. 
Sei lá, acho que queria ser Narah.. Mas uma Narah que não inventa sua própria ortografia, claro.
Mas é daquele jeito que eu queria ser: do tipo gostosa-inteligente, inteligente-gostosa. 
Deixa eu tentar explicar:  a Narah seduzia, a Narah era sexy só falando daquelas coisas loucas dela... É isso, sacas? É disso que eu falo, conseguir seduzir falando das suas coisas malucas, a ponto de fazer o outro querer ouvir mais, gostar da prosa, ATRAIR, pensar: "caralho, que mina fantástica que consegue ser tão gostosa e inteligente, ser inteligentemente gostosa e ter um papo tão gostoso quanto ela". Sacas?


No momento... e acho que pra sempre serei a universitáriazinha viciada em Sociais, que se liga que ninguém tá a fim de ouvir essas coisas chatas (seria suas coisas que são chatas ou seu jeito de falar delas que é chato? Se você fosse a Narah falaria da mesma coisa e daria maior prazer de ouvir... Se apaixonariam só pelo seu jeito de falar) da qual ela gosta. 


É mó fracasso isso. 
O namorado tava falando ontem que as pessoas que jogam video-game gostam muito porque nele elas podem ser quem elas querem. 
Não me interesso em jogar video-game mas... Será que não tem como inventarem um onde eu possa ser alguém como a Narah? Eu ia viciar bem rápido, tenho certeza. 


Mirisola falava da Narah na época em que se relacionaram, claro.  Coincidência ou não ela tinha os malditos 18 anos. Tão tipão gostosa-inteligente... E com a porra da mesma idade que eu. Se fosse uns 27 eu diria: ainda chego lá... Mas não. Era 18. Por quê? 


Pela primeira vez senti vontade de ler um livro de auto-ajuda. Um que fosse escrito pela Narah e tivesse um título mais ou menos como: "Como você sua desongonçada não-popular nerd pode ser assim gostosa-inteligente-escorregadia como eu". Rsrsrs. Fracasso né? Livro de auto-ajuda... mas que merda.
Instigante, poética, inteligente, sexy, louca... Quanto mais penso nisso mais penso na minha incapacidade sutil que não me deixa ser como eu realmente queria ser. É tudo questão de personalidade... coisa que tá a nosso alcance. Não é a profissão dos sonhos nem algo do tipo. É questão interior. E isso torna o fato mais fracassado ainda. 


Tô indo. 
Vou tomar meu leite e dormir daqui a pouco, afinal já são 23hs e pouco... já é tarde. 
Fazer o que, rsrs. Eu não sou a Narah. 




Politicamente incorreto - MMM.

Eu como sou uma boa pessoa, fui nessa quinta-feira pegar o Evolucionismo Cultural pra aula de antropologia na Mário de Andrade (biblioteca) porque tava a fim de devolver o mesmo que peguei na faculdade pra minha amiga poder pegar.
Numa boa.
Entrei e sei lá por quê fui ver a estante de "novidades". Um livro chamou minha atenção: Animais em Extinção. Li a contra-capa e chamou mais atenção ainda. Mas subi pra pegar o Evolucionismo... afinal já tinha/tenho livros de mais pra ler. Quando desci não aguentei, peguei o livro... Sei lá, se não desse eu não lia. 


Puta curiosidade, comecei a ler no ônibus voltando pra casa... tô pegando esse hábito de ler no ônibus (graças a Deus, porque to precisando ler em qualquer tempinho livre que sobra). 

Caralho, li muito rápido aquilo... no começo eu queria acreditar em algo como: "não tô amando esse livro, ele tá legal mas o que me faz ler rápido assim é o fato de a linguagem ser envolvente, então vai rolando legal". 
Não, não era só isso. Eu tava louca pelo livro e não sosseguei enquanto não o li até a última palavra da última página... nem demorou muito (devorei as mais de 170 páginas em dois dias)... 

O autor é um paulistano maluco chamado Marcelo Mirisola, é autor conhecido até... É apelidado de MM mas eu prefiro MMM. O primeiro M é de maldito. É isso que ele é. MALDITO. Absurdo, louco, estranho, boca-suja, politicamente incorreto, fascinante... Eu adorei e não sei como explicar essas coisas porque sou péssima pra isso. Não sou crítica literária nem nada do tipo... Sou incapaz pra cacete pra certas coisas... mas isso fica pro próximo post. 


Eu quero ler outro livro do Mirisola, mas acho difícil encontrar um mais estranhamente admiravelmente repugnantemente absurdamente viciante como Animais em Extinção. 

Como não sei falar sobre, eu deixo aí aperitivos:




Uma das partes mais apaixonantes: 
"Penso que em determinado momento todo paulistano quer dar o pinote. O sujeito cansa de violência, trânsito, poluição e resolve largar tudo, recomeçar vida nova na putaqueopariu e, regra geral, amaldiçoa a metrópole, sente falta da pizza, do pastel de feira, do trânsito, do manjericão e da violência, do pastel de feira outra vez, do café forte no Copan, de uma boa livraria por perto... e, em suma, em 100% dos casos (desde que seja paulistano de verdade), resolve voltar para dar continuidade à vidinha de merda que levava antes, perto da padaria da esquina."

F A N T Á S T I C O .




Maldito Marcelo Mirisola.





quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Não estar só...

... é bom. 

Acho que toda pessoa não-comum deve ter um lugar onde se sente... normal... onde compartilha alguma coisa em comum com um determinado grupo.  Onde sorri pra si mesmo e respira aliviado pensando: "não estou sozinho",  "Ufa! Ainda bem que não sou o único" =) 
Aí depois de pensar assim, você fica feliz porque sente que em ao menos UM lugar seu papo não é um saco, você não é um chato, você não é um ET. A sensação é maravilhosa. 
Obrigado ao Comte, ao Marx, ao Durkheim e muitos outros... A todos que contribuiram pra que um dia existisse as Ciências Sociais... é inexplicável o que sinto por ela... Mas eu sei que tem uma galera que me entende... =)





domingo, 24 de julho de 2011

Sandman

"Dizem que ando por aí comprando almas, como se fosse um mercador, mas nunca questionam por que eu faria isso. Não preciso de almas. E como pode alguém ser dono de uma alma? Não. Eles pertencem a si mesmos mas odeiam ter que encarar isso."

 (Lucífer Estrela-da-Manhã)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quando o sol bater na janela... ♪

Eu acho incrível como eu consigo mudar meu estado de espírito tão rápido... Acho que é tudo culpa de uma janela. É sério. A janela da biblioteca... Ela é enorme, de vidro, tem umas árvores na parte externa de lá... Não dá pra ter acesso, mas dá pra ver pela janela. Aí eu descobri que o verde me encanta... E dá pra ver perfeitamente o sol pela janela. É lindo... eu sinto um ânimo, um prazer tão grande ali... É gostoso. E me dá esperança... otimismo... Porque eu vou pra lá pra estudar pros concursos... Então eu fico pensando no futuro. 


Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.


Eu tô tranquila sim... Sem medo, sem pressão... Enfim. São só os meus dois primeiros concursos, eu só tenho 18 aninhos... Ainda tem muito pela frente.  Tô cheia de planos como sempre. Pensando em mil planos "B"... Rsrsrs.... O primeiro tá vindo agora, que é o técnico em administração, aliás nem sei se esse é o plano B, A, C...  Só sei que é um plano! Um plano que eu prometo levar à sério, prometo não desistir do técnico! Um plano que espero que me ajude futuramente. 
Eu tô no maior ânimo! Acho que é por causa da janela... Acho que nunca senti tanto prazer em estudar... e tanta vontade. Eu preciso daquela janela sempre. 
Quero ler bastante esse semestre, estudar muito... Focar nisso. Quero estudar muito Economia, algo me diz que essa será a maior ligação entre o técnico e a faculdade... Eu posso está errada... mas ao menos é o que acho. 
Tô feliz... eu acho. E tô louca pra que chegue semana que vem.







sábado, 16 de julho de 2011

Valeu!

É nos dias de angústia que meu lirismo simples e absurdamente pobre rola solto.
Valeu, tristeza, pra alguma você serve!