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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

E a vida vai tecendo laços... parte III [FINAL]

A Cris dormiu na minha casa. Ela ficou com o And na Led. Mal dormimos, acordamos lá pelas 9hs eu acho e começamos a ter aquelas conversas de "garota que tá super encantada com a noite passada". Acho que a noite na Led foi tão perfeita pra ela quanto pra mim... Só sabíamos falar deles... Cochichávamos no quarto sobre os novos amores e aquilo foi muito divertido. Quando liguei meu celular, tinha uma chamada perdida... e era dele.  Eu retornei... Falar com ele foi tão bom...
A história é loooonga.
Hoje, 30 de dezembro de 2010, temos 1 mês e 3 dias de namoro... E 2 meses e 7 dias que estamos juntos. Sim, demorou um pouquinho pra eu aceitar namorar o "menino de 15 anos" (que hoje já tem 16), rsrs. Mas eu o amo de todas as formas... E que seja pra sempre... porque eu sei que é amor.

Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui
Agora
Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir
Embora

Eu sei que é pra sempre
Enquanto durar
E eu peço somente
O que eu puder dar


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

I wanna rock ♪

Ansiedade é uma palavra muito modesta pra definir o que eu senti naquele sábado.
Acordei cedo. Estava brigada com a minha mãe. No dia anterior ela discutiu comigo dizendo que o ENEM está aí e eu não estudei nada. Fui pro ETAPA da São Joaquim fazer a prova de bolsa. Fila enorme na porta. Estava mais difícil do que a que fiz no Anglo dia 19. Que falta de saco. Fora que a mensalidade deveria ser absurda e 30% de desconto não ajuda em nada pra alguém da classe proletária.
Estava sem saco pra esperar o ônibus então fui à pé da São Joaquim até o Terminal Pq. D. Pedro. Em casa, tinha batata frita, mesmo minha mãe brigada comigo ela lembra das minhas vontades.
Estava praticamente contando as horas pra chegar a noite, mas ainda tinha mais uma prova! Antes de ir pro Objetivo, passei na Di pra devolver o CD do Guns que ela tinha me emprestado. Tive que ouvir um desagradável: "eu não vou fazer cursinho, não preciso disso" do And. Amigos nos dão uma força tremenda. Foda-se. Duvido que ele passe numa pública sem cursinho, duvido meeesmo.

Fui pro Tatuapé e um milagre aconteceu: Dáh já estava lá. Ela comia um daqueles hot dogs que só tem na Romero. Quem já foi lá sabe do que estou falando. C-O-M-P-L-E-T-O. Enfim, conversamos um pouco e entramos. A prova foi a mais difícil das três. E foi também a que fiz com mais descaso. Estava cansada. No limite mental. Duas provas de nível de vestibular num dia só! Eu precisava de uma noite inteira de ROCK'N ROLL pra espairecer, desestressar e esquecer um pouco o cansaço mental... E era exatamente isso que a noite preparava pra mim.
Voltei pra casa, o Bruce ligou. Amei falar com ele. Fui dormir no sofá. Eram 16hs... Levantei às 17:30 ou menos... Se consegui dormir 40 minutos foi muito. a ansiedade era maior que o sono. Levantei e fui ler. Dois motivos: minha mãe conseguiu tocar na minha consciência e o And conseguiu me subestimar... Mesmo esta não sendo a intenção dele!
Um pouco mais de 19hs eu fui tomar banho. Aí meu telefone celular começou a ficar requisitado, ou melhor, a dona dele. Ligações e mensagens não paravam, principalmente do Raven , amigo do Morphel. Nem o conhecia, o coitado chegou lá com quase 1 hora e meia de antecedência e teve que ficar esperando.
Comi um miojo. Não imaginei que demoraria tanto pra me arrumar. Só estava pronta às 20hs15! A intenção era deixar meu cabelo assim:


Convenhamos, não tenho dinheiro igual o Slash pra definir os cachos dessa forma, mas o que vale é a intenção e já compararam muito o meu cabelo com o dele na época em que era cacheado, já pensei em comprar uma cartola, mas hoje em dia meu cabelo tá liso e de Slash eu não tenho mais nada.
Voltando... peguei o ônibus, me achando linda... Encontrei o Raven no Tatuapé  e depois de uns dez minutos o Cigano chegou e depois de 5 o Morphel e a Cris. Carregamos os bilhetes e fomos pra casa do And. Enquanto o Morphel se trocava, outros se maquiavam, outros conversavam, outros brincavam com o gato e eu apressava à todos pois meu "amigo" me ligou às 21:45 dizendo que já estava lá. Pegamos o ônibus, o Bruce estava na porta. Entramos, eu o abracei e ele me abraçou .... Fizemos um pequeno tour pela Led e paramos lá fora, na área aberta, fazendo quase uma roda. Ele me beijou... Ai, ai... Fomos pra pista, estava passando Black Dog, e Di e eu nos acabamos.



A noite apenas começava.
Ficamos de "agarração" na "arquibancada" e depois fomos curtir o cover do Twisted Sister...  Quando tocou We're not gonna take it, eu tive que ir pular com o And... Essa música me lembra ele. Claro que eu também me identifico, mas ele que vive a gritando pro mundo inteiro, rsrs. Dancei muito e acordei no dia seguinte com o pescoço doendo.
O Open Bar abriu meia-noite e foi tenso aquela fila enorme. Tão grande que só tivemos coragem de encará-la uma única vez.  Como não conseguimos quase nada no Open, lá pelas 1hs30 eu dei ideia de comprarmos vinho. Foi eu, Bruce, Di e Morphel. Aquele vinho de garrafa de plástico... Que mais parece suco de uva com álcool.. E fode  o estômago. Bebi menos que metade da garrafa... e subiu em menos de cinco minutos... E eu dei aquele showzinho clássico de sempre. Falei besteira, me lamentei, me chamei de estranha, de solitária, de estranha de novo, de pessoa que não gosta de ser ouvida por ninguém... Todas aquelas coisas que ficam aqui dentro... E eu bebo pra poder gritar pro mundo inteiro... Eu acho. Mas sempre que bebo fico triste, e lamentando por essas coisas, me sinto mais sozinha ainda, mas dessa vez foi histórico. Morphel e Di saíram.  Ficamos apenas nós dois e foi a primeira vez que bebi e não me senti sozinha.  Eu o obriguei a deitar no meu colo, e  fiquei o abraçando... Acho que se todo mundo fosse embora eu não teria notado, se tivesse amanhecido o dia eu não teria notado (estávamos à céu aberto), pois a única coisa que eu queria e que manteria o planeta em equilíbrio pra mim era a presença daquele garoto. Isso pode parecer exagerado, mas eu estava embriagada, e pra um bêbado nada é exagero e era isso que eu pensava e sentia. Queria ficar ali com ele... até nascer o sol...

"Passamos muito tempo sentados na calçada
Falando sobre tudo e não dizendo nada
Seu sorriso vale mais de mil palavras
Deixa que o futuro fica pra depois
Depois da meia-noite nós acendemos as luzes da cidade
Nos abraçamos e ficamos juntos até nascer o sol"

(Depois da meia-noite, Capital Inicial)


O pessoal veio até nós, e o álcool nem me deixa sensível, né... Quando disseram que tinha passado o cover do Kiss eu comecei a chorar igual criança. Nem sou muito fã do Kiss, mas lembro-me que naquele momento, naquela crise sensível, ter perdido o cover do Kiss era algo horrível. Eles saíram... Mal me acalmo e o pai de Bruce liga, mandando ele ir embora, pois estava o esperando na porta. Se perder o cover do Kiss foi algo horrível, que palavra usaria pra descrever o que senti ao saber que a única coisa que me dava paz naquele momento maluco ia embora? Agora sim comecei a chorar igual uma criança, um bebê. Ele não podia ir! Eu o queria ali, do meu lado, até acabar a noite, ou ao menos até passar o efeito da bebida, pois era a única pessoa que me acalmava naquele momento não-sóbrio. Ele deixou comigo sua munhequeira e disse que ia me ver no "dia seguinte" (mesmo dia na verdade). Eu sabia que nós veríamos, mas eu queria ele ali, naquele momento. Continuei chorando igual criança, ou melhor, igual uma retardada embriagada. Morphel me mandou ir dormir, mas não tinha sono nem vontade, queria Bruce. Só Bruce.
Levantei depois de algum tempo e fui dançar. Tinha um cover do Guns tocando e eu me animei. Quando tocou Mr. Browstone eu dei aquele grito: "minha música!"Não sei porque gosto tanto dessa música... Só sei que gosto e muito! Welcome to the jungle fez com se iniciasse a sensualidade homossexual. Eu gosto de tal sensualidade, quando é feminina (masculina pra mim é indiferente) e eu estava no meio, ou melhor, eu comecei. Depois pedi desculpas a Cris, só ela , eu e a Di estavam lá e eu vi seus olhinhos assustados quando me viu beijando a Di, ela ainda não sabia desse lado, rsrs. Aliás, demos muitos foras em vários caras com a tática: "ela é minha namorada", tá que não adiantava de primeira pois os caras queriam entrar no meio, até convencerrmos que éramos "fieis" demorava um pouco.
Acabaram os covers. Dançamos na pista. Cada em um canto. Tava cheio de gente e eu me sentia muito sozinha. E o motivo era simples e único.
 Balançando minha cabeça, com os cachos na frente dos olhos, vi perto de mim outro ser também com cachos, balançando a sua e me encarando, ou ele queria brigar, ou ti nha gostado de mim. Virei em sua direção pra ver se aquilo era só impressão minha. Não, não era. Foi tudo muito rápido, ele me agarrou e me arrastou até a parede, e começou a me chamar pra ir pro banheiro --' Me poupe né. Aquele menino tava perdendo a graça, graça que nunca teve, o empurrei de leve e saí. A noite não tinha mais graça. Bruce não estava lá.


E a vida vai tecendo laços... - PARTE II

Eu queria mesmo ocupar minha mente com a noite na Led Slay, me esforçava ao máximo pra pensar nisso e tentar parar de sentir falta de ouvir meu nome sendo gritado no portão quase todos os dias, e voltar a me habituar a passar os finais de semana em casa, na frente do computador... Era estranho... Faltava alguma coisa e eu sabia o que era, e sabia mais ainda que não fazia sentido nenhum eu estar daquele jeito por tão pouco, mas quem disse que tem lógica as coisas do coração?
Mas por fora eu estava feliz, eu estava ansiosa (por dentro também estava ansiosa), me sentindo livre, e claro, no século XXI uma dos lugares em que os jovens mais expressam sentimentos é no subniki do MSN e foi exatamente isso que fiz, pra mostrar pra ele e pra todos que eu não estava nem aí com o fim, que estava feliz e me preocupando com outras coisas. Fiz contagem regressiva no subniki do MSN, assim só por fazer e quem diria que um subniki...

Bruce sempre vinha conversar comigo, até mesmo quando não tinha assunto algum. E quando tinha assunto, a conversa se prolongava, e foi exatamente isso que aconteceu dia 13. Eu lamentava o fim do meu "relacionamento" (aspas, aprendi a usá-las com a Dáh nesse aspecto, e ela sabe do que estou falando),  e ele entendia perfeitamente pois estava tão ruim quanto eu em matéria de "sorte no amor", desculpem, eu quis dizer "falta de sorte".  Assunto vai, asunto vem e ele pergunta sobre os "10 dias" que está no meu subniki. Eu não ia falar sobre, pois ele também é rockeiro, e pelo menos à meu ver ia ficar chato falar que ia na Led Slay e não o chamar, e não estava nos meus planos chamá-lo, maaaaaas, ele perguntou, então eu respondi, e como menina educada o chamei pra ir com a gente, ele deixou um "talvez" como resposta. No fundo, no fundo, pra mim não faria diferença, mas até que seria legal, é aquele pensamento: "quanto mais gente melhor".  Pensei em apresentar a ele uma das minhas amigas, pois eu estava louca pra encontrar vários headbangers lindos pra animar a minha noite.
Mas não passou muito tempo para Bruce começar a deixar claro que não queria ficar com nenhuma amiga minha, mas sim comigo. De início gostei da ideia, aliás, estava adorando saber que alguém tava interessado em mim, mas espera aí, ele era amigo do meu ex... Onde ficaria minha reputação? Mas eu estava gostando da ideia, isso é fato.

E pela segunda vez consecutiva um garotinho de 15 anos queria ficar comigo. Não quero que pareça  que me acho superior aos outros, mas francamente, os meninos de 17 anos da minha sala, conseguiam ser absurdamente infantis, medíocres e sem cultura, imagina um de 15!
Minha mãe me alertou o quão fácil ela iria me julgar nessa história, se eu ficasse com ele, e até que concordei. Fui falar com ele sobre, mas não sei dizer "não" de forma direta, já ouvi tantos que sei o quanto é ruim.
Continuamos sempre conversando e na véspera do "grande dia" eu já tinha decidido e acho que já estava explícito: eu ia ficar com Bruce.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

E a vida vai tecendo laços...

... Quase impossíveis de romper:
Tudo o que amamos são pedaços
Vivos do nosso próprio ser"
(Manuel Bandeira)

Meu relacionamento com o "cara que brotou do passado para o presente" durou pouco... Acabou de forma infantil.
 Ele era um tanto quanto legal mas tinha umas histórias difíceis de acreditar, uma vez me falou de um amigo dele, que tocava guitarra.... E não tinha uma das mãos... Na hora fingi que acreditei, como sempre fazia... Não que isso fosse totalmente impossível, mas é um caso muito raro pra logo ele conhecer de perto.
Passaram-se algumas semanas e nós fomos num show de uma banda cover dos Beatles... Ele chamou alguns amigos e um dele era este, Bruce, o menino que eu achava que não existia.
E de início, ele me enchia o saco via MSN com suas lamentações amorosas, tão parecidas com as minhas, mas eu sempre fui de falar pouco e ouvir muito (talvez por isso eu tenha um blog), não que eu goste, mas sinto medo das pessoas não quererem me ouvir, de eu estar as irritando com assuntos desinteressantes ou com a minha chatice, então falo pouco... Ao contrário de Bruce.
Quando o menino terminou comigo (por motivos patéticos que não merecem ser citados) eu me senti muito rejeitada e de início mal acreditei, rsrsrs, senti muita raiva... Embora eu sabia que ia acabar uma hora ou outra, eu não queria... Talvez porque tinha me apegado, talvez por necessidade sexual, talvez porque odeio ser rejeitada.... E quem gosta? Precisava me distrair com outras coisas, me ocupar... E foi o que fiz, estava chegando o aniversário do And, amigo meu... Eu dei a ideia de comemorarmos na Led Slay (joga no google e vai entender)... E a noite na Led seria a distração da qual iria ocupar minha cabeça.... Pensava muito na noite do dia 23: "noite, rock'n roll, embriaguez, amigos e um monte de pessoas que irão até lá com o mesmo objetivo que eu"
Claro que continuava com a sensação de rejeição e por mais que eu me esforçasse, minha mente dizia o tempo todo: "sozinha novamente, o que há de errado você, garota?"

(Continua)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Não seria nada justo com meus leitores começar do zero, sem explicar o que aconteceu comigo durante esses 9 meses. Eu quando assisto um filme, não gosto que a continuação seja algo sem nenhum sentido, com trajetória totalmente diferente, e sem aqueles personagens dos quais me apeguei. Alguns protagonistas da minha história hoje já não são nem ao menos coadjuvantes. Sei que já devem imaginar de quem falo: namorado. César. Esse mesmo.
Março: tudo andava tenso, da forma que escrevia lá no I.
Abril: ele não aguenta mais o fato de só nos vermos uma vez por mês e termina o "namoro", porém continuamos juntos. Ele ainda me amava, mas não dava pra continuar um namoro que não era namoro.
Maio: começaram as brigas, desentendimentos, teorias de que éramos como "água e óleo"
Junho: mesma coisa que o mês anterior.
Julho: aconteceu algo de suma importância e que eu achei que ia nos unir e fazer com que o nosso relacionamento ficasse mais forte. Me enganei. Não foi bem assim. E ele sem poder me telefonar, afinal minha mãe não podia saber, eu só ligava às escondidas, ele distante, eu sofrendo sem saber o que iria acontecer... Até que a gente vai perdendo o contato, nos falando uma vez por semana, depois uma vez a cada quinze dias e assim sucessivamente... Até que....
Agosto: Reaparece um cara que tinha ficado há um tempo, e ao me relacionar com ele, começo a deixar todo o resto de lado, talvez pra recomeçar, pra tentar ser feliz ou tentar me enganar. Daí então, meu relacionamento com César de tão frio, congelou, não teve fim nem tentativa de continuar. Acabou. Ele até que me mandava um torpedo às vezes ou recados no orkut, mas eu me afastava... Não falei "adeus" nem "acabou", mas eu nao estava errada sozinha. Sei que foi errado o que fiz, mas acabou e não tem como voltar ao tempo.

Transições II

O Anjo Torto evoluiu! Agora tem até nome, rsrs.
Fiquei tão feliz ao entrar na minha conta e ver meu blog antigo, tantos comentários de gente que nunca me viu mas admirou meu blog e o leu e até mesmo SE IDENTIFICOU! Céus, como eu me sinto bem e feliz pra continuar a escrever o meu "Transições", agora é o segundo já... Como se fosse um livro, aquele acabou, mas sempre fica aquele: "poxa, não pode acabar assim" e estou aqui escrevendo o segundo... Espero que gostem, espero que aqueles que liam o Transições leiam esse também e... tenham saco pra acompanhar os escritos sobre a minha jornada.
 É claro que quero sempre mais leitores e quero também a leitura daqueles que me conhecem.
Welcome my universe!!!
Beijos.