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sábado, 13 de agosto de 2011

Politicamente incorreto - MMM.

Eu como sou uma boa pessoa, fui nessa quinta-feira pegar o Evolucionismo Cultural pra aula de antropologia na Mário de Andrade (biblioteca) porque tava a fim de devolver o mesmo que peguei na faculdade pra minha amiga poder pegar.
Numa boa.
Entrei e sei lá por quê fui ver a estante de "novidades". Um livro chamou minha atenção: Animais em Extinção. Li a contra-capa e chamou mais atenção ainda. Mas subi pra pegar o Evolucionismo... afinal já tinha/tenho livros de mais pra ler. Quando desci não aguentei, peguei o livro... Sei lá, se não desse eu não lia. 


Puta curiosidade, comecei a ler no ônibus voltando pra casa... tô pegando esse hábito de ler no ônibus (graças a Deus, porque to precisando ler em qualquer tempinho livre que sobra). 

Caralho, li muito rápido aquilo... no começo eu queria acreditar em algo como: "não tô amando esse livro, ele tá legal mas o que me faz ler rápido assim é o fato de a linguagem ser envolvente, então vai rolando legal". 
Não, não era só isso. Eu tava louca pelo livro e não sosseguei enquanto não o li até a última palavra da última página... nem demorou muito (devorei as mais de 170 páginas em dois dias)... 

O autor é um paulistano maluco chamado Marcelo Mirisola, é autor conhecido até... É apelidado de MM mas eu prefiro MMM. O primeiro M é de maldito. É isso que ele é. MALDITO. Absurdo, louco, estranho, boca-suja, politicamente incorreto, fascinante... Eu adorei e não sei como explicar essas coisas porque sou péssima pra isso. Não sou crítica literária nem nada do tipo... Sou incapaz pra cacete pra certas coisas... mas isso fica pro próximo post. 


Eu quero ler outro livro do Mirisola, mas acho difícil encontrar um mais estranhamente admiravelmente repugnantemente absurdamente viciante como Animais em Extinção. 

Como não sei falar sobre, eu deixo aí aperitivos:




Uma das partes mais apaixonantes: 
"Penso que em determinado momento todo paulistano quer dar o pinote. O sujeito cansa de violência, trânsito, poluição e resolve largar tudo, recomeçar vida nova na putaqueopariu e, regra geral, amaldiçoa a metrópole, sente falta da pizza, do pastel de feira, do trânsito, do manjericão e da violência, do pastel de feira outra vez, do café forte no Copan, de uma boa livraria por perto... e, em suma, em 100% dos casos (desde que seja paulistano de verdade), resolve voltar para dar continuidade à vidinha de merda que levava antes, perto da padaria da esquina."

F A N T Á S T I C O .




Maldito Marcelo Mirisola.





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